domingo, 9 de novembro de 2008

Ferrari pede desculpas à Massa

Por André Ferreira (1 Km)

O diretor esportivo da Ferrari, Stefano Domenicali, veio a público e reconheceu que as falhas da Ferrari com o brasileiro Felipe Massa podem ter custado o título da Fórmula 1 ao piloto nesta temporada.


"Pedimos desculpas ao Felipe", disse o dirigente, em evento da montadora, na Itália, segundo o site Autosport.

"Nós não perdemos o campeonato no Brasil, mas antes, quando tivemos problemas. Temos que analisar as causas, com tranqüilidade, para ter certeza de que não volte a acontecer no próximo ano", prometeu Domenicali.

Massa perdeu o título de 2008 da Fórmula 1 para o inglês Lewis Hamilton por apenas um ponto. Dos problemas de mecânicos da equipe com o brasileiro, um em especial chamou a atenção: em Cingapura, um sinal usado pela escuderia autorizou Felipe a deixar o pitstop ainda com a mangueira de combustível presa ao carro.

Além disso, o finlandês Kimi Raikkonen, então piloto número um do time, que não interferiu, não mostrou boa vontade em ajudar Massa na luta contra Hamilton.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Lágrimas em tom vermelho!


Massa vence em Interlados, mas Hamilton é quem levou o título (Crédito: Lance!)

Por Bruno Andrade (2 Km)

O autódromo de Interlagos nunca esteve tão vermelho. Aliás, o Brasil nunca foi tão vermelho. Para onde quer que se olhasse desde o começo da manhã, ficava claro o tamanho da paixão e da torcida por Felipe Massa. Bandeiras de times de futebol eram várias: Corinthians, São Paulo, Grêmio, Internacional. Muita gente acampou nas proximidades dos portões de entrada e passou a noite a céu aberto na expectativa de garantir um lugar privilegiado para a grande decisão. E quem chegou mais tarde não se importou com as longas, mas organizadas, filas. Alguns minutos de espera são um preço justo para acompanhar uma corrida histórica.

O sol e o tempo bom dão lugar a nuvens pesadas. Meio-dia, e a primeira pancada molha o asfalto e transforma as arquibancadas em uma correria em busca de capas e sombrinhas. O sol volta, mas não apenas ele ajuda a esquentar o clima. Às 13h20, os pilotos se dirigem à reta dos boxes para a tradicional foto de fim de ano, sob os gritos de "olê, olê, olê, olá, Massa, Massa”.

Vem a largada. Na frente, Massa faz sua parte. Depois da primeira série de pitstops, provocados pela necessidade de montar pneus slicks, por um instante o cenário dos sonhos da torcida se desenha. O brasileiro lidera, enquanto Hamilton é apenas o sexto, com dificuldades para superar Giancarlo Fisichella. O sonho dura pouco. Com uma manobra arrojada, o piloto da McLaren toma a posição do italiano e consegue o resultado que o tranqüiliza. Nas arquibancadas, a esperança prossegue.

Nove voltas para o fim e a chuva reaparece. As condições de aderência pioram e os pilotos retornam aos boxes, para pôr os pneus intermediários. Em questão de minutos, o inacreditável acontece. Timo Glock prefere não parar e sobe para quarto. Basta que Vettel, bem mais rápido, supere Hamilton, e o jejum brasileiro chegue ao fim. O alemão ultrapassa, na última volta. Ninguém consegue acreditar. Isso está mesmo acontecendo? Os últimos 4.309m de Interlagos demoram uma eternidade. Massa se mantém impecável e recebe a bandeirada como "campeão". Só resta esperar.

O título está próximo, mas um carro lento nos últimos metros chama a atenção. A família Massa e boa parte do público comemoram, até se darem conta de que Glock perdeu posição para o piloto da McLaren. Vitorioso mesmo na quinta colocação, Hamilton é o mais jovem campeão em 59 anos do Mundial.

O público rapidamente deixa Interlagos, não sem antes demonstrar seu carinho pelo ídolo. Na latina Ferrari, caras tristes. Na sisuda McLaren, uma festa aguardada havia 10 anos. Mecânicos, pilotos e dirigentes cantam: "We are the champions" (nós somos os campeões). A alegria total verde-e-amarela terá de esperar 2009!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Times brasileiros aderem ao automobilismo.

Goleiro Weverton salta à frente do modelo do carro corintiano. (Crétidos: Uol)

Por Kátia Dellacqua (5 km)

Em seu primeiro ano, a Superliga não passará pelo Brasil e ficará concentrada na Europa, com corridas na Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Portugal, Itália e Espanha. A primeira prova acontecerá em agosto. A perspectiva é que aconteça um GP em Interlagos (SP) já em 2009.Uma das principais características da categoria é a igualdade dos carros. Serão usados os Panoz Menard V12, de 750 cavalos de potência. "Os carros foram pensados para dar espetáculo, são fáceis de fazer ultrapassagem. Teremos pontuação extra por posições conquistadas e o sistema de corridas visa a competição. Não queremos ser top em tecnologia, mas queremos igualdade", explicou Jose Ramon Oller, diretor de marketing da Superliga.

Do Brasil, foram convidados os dois clubes de maior torcida, Corinthians e Flamengo. Juntos, os dois somam 57 milhões de torcedores.
Segundo os dirigentes de Corinthians e Flamengo, "A grande vantagem do time não é financeira, mas sim poder mostrar seu símbolo pelo mundo.", disse Andres Sanchez, presidente do Corinthians.

Já foram confirmados além de Corinthians e Flamengo, o Anderlecht (Bélgica), Borussia Dortmund (Alemanha), Basel (Suíça), Galatasaray (Turquia), PSV Eindhoven (Holanda), Sevilla (Espanha), Porto (Portugal), Olympiacos (Grécia) e Milan (Itália).

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Barrichello causa tumulto em festa da Ferrari

Embriagado, piloto insulta Schumacher, seu ex-companheiro de Ferrari (Créditos: Terra)

Por Fernando Antonioli (4 km)

O piloto da Honda, Rubens Barrichello, foi responsável por uma cena curiosa durante a festa de comemoração do título de Construtores da Ferrari, realizada no último domingo. Após, supostamente, exagerar na dose, o brasileiro se manifestou contra o ex-parceiro de Ferrari, o alemão Michael Schumacher.

Durante a comemoração, Rubinho entoou gritos de protesto contra o alemão. Em seu ato, Barrichello ofendia moralmente Michael Schumacher, colocando sua sexualidade em risco. O clima de descontração tomou conta do ambiente, para a alegria dos presentes na festa. A euforia foi tanta, que até o outro piloto brasileiro, Felipe Massa, que também foi companheiro de Schumacher na Ferrari, acabou tirando um sarro contra o ex-companheiro.

A raiva de Barrichello pode ser explicada pelos episódios ocorridos durante a época em que ele e Schumacher faziam a dupla de pilotos da Ferrari. O fato mais marcante ficou por conta do Grand Prix realizado na Áustria, em 2002, quando Rubinho liderava a corrida até a última volta. Por uma questão estratégica, a Ferrari ordenou ao brasileiro que permitisse a passagem de Schumacher, até então segundo colocado, por estar melhor posicionado na classificação geral da época.

Rubens Barrichello e Michael Schumacher foram parceiros até o ano de 2005. Depois desse período, Barrichello foi piloto da Honda, onde permanece até os dias de hoje. Michael Schumacher, por sua vez, encerrou sua brilhante carreira em 2006, aos 37 anos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lewis Hamilton: do inferno ao céu!


Lewis Hamilton, o mais jovem piloto e o único negro campeão da Fórmula-1
(Crédito: The New York Times)

Por Felipe Bahia (3 Km)

O mundo do automobilismo conheceu neste final de semana Lewis Carl Hamilton que aos 22 anos se tornou o mais jovem piloto de formula 1 a conquistar o caneco de campeão. Num domingo recheado situações dinâmicas no autódromo de Interlagos, onde o mundo parou se emocionou com a eletrizante corrida travada pelos pilotos lutando ponto a ponto.

Três corridas, três pódios (dois segundos lugares e um terceiro). Lewis já provou que não passará a figurar nas estatísticas apenas como o primeiro piloto com sangue negro na Fórmula 1. Igualou marcas de grandes pilotos que já passaram pela historia como o também inglês Peter Arundell.

Da ilha de granada (Antilhas) para o mundo o jovem negro Lewis que aos seis anos o pai comprou-lhe um kart para que se entretivesse e soltasse a adrenalina, gostou tanto que não parou mais conquistando títulos em todas as categorias pela qual disputava, quando num dia de competições Ron Dennis chefe da escuderia McLaren inscreveu Lewis no Programa de Promessas para F1. Anos muitos de batalha Anthony Hamilton pai e responsável pela criação do filho para sustentar, bancar as despesas e criar o filho perante alguns problemas na escola alvo de piadas e preconceito.

Lewis hoje já é uma realidade, maduro o suficiente para ultrapassar barreiras e trazem alegrias não somente ao povo britânico mais sim a todos os amantes da ousadia e força de vontade.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Falou em automobilismo, falou Flávio Gomes


Flávio Gomes e seu Fusca 1979 (Crédito: Arquivo Pessoal)

Confira a entrevista com Flávio Gomes, apresentador e comentarista da ESPN Brasil, repórter da Rádio Eldorado e colunista do Diário Lance! Na profissão desde 1982, Flávio é mundialmente conhecido por ser responsável pela maior agência de notícias sobre automobilismo do Brasil, a Warm-Up. Tendo em seu currículo trabalhos na Rádio Jovem Pan e no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista ainda consegue tempo para a “diversão”. Ele é piloto da categoria amadora Super Classic. Flávio Gomes mantém diariamente um blog destinado ao automobilismo no site da ESPN Brasil.

5 Km: Flávio, desde quando você é apaixonado pelo mundo dos motores?

Flávio Gomes: Acho que desde sempre. Quando eu tinha quatro, cinco anos, meu pai me levava a Interlagos para ver corridas de DKW, JK, carreteiras… Em 1972, com 8 anos, fui ao primeiro GP de F-1 no Brasil. Sempre gostei de carros antigos, colecionava e desenhava.

As corridas sempre foram muito presentes como torcedor, até 84, 85… Ia sempre para o Rio ver a F-1. Adorava, era uma farra e tanto. Em 88 comecei a trabalhar com isso, cobrindo F-1. No fundo, sempre estive ligado a carros e corridas. E com o passar do tempo juntei os dois: trabalhar com corridas e correr.

5 Km: Quantos carros antigos você possui na garagem? Existe um carinho especial por algum deles?

FG: Mais do que deveria. São 22, fora as motos. Todos eles têm uma historinha, cada um merece o devido carinho. Carros são obras de arte que se movem. Resultado de milhares de horas de trabalho de engenheiros, projetistas e operários. Em algum momento, eles foram, para uma família, a coisa mais importante do mundo.

O carro zero, que o pai conseguiu comprar com sacrifício e trabalho… E dentro de cada um deles milhares de histórias aconteceram, surgiram paixões, namoros, casamentos… Tenho a impressão que os carros carregam essas histórias dentro deles.

5 Km: Como é a rotina do jornalista Flávio Gomes para administrar a responsabilidade de tocar a maior agência de notícias sobre automobilismo do país (Warm-Up), os compromissos em rádio e TV com a vida de pai, torcedor da lusa, piloto e colecionador de carros clássicos?

FG: É dura. Não paro um segundo sequer, porque são muitas coisas para cuidar. De qualquer forma, o site anda sozinho com minha equipe, e o que me toma mais tempo é o trabalho na TV, na rádio e o blog. No tempo vago, que é pouco, cuido dos carros. Jogos aqui, vou a todos que posso. E reservo parte das minhas manhãs às crianças. Não me queixo. Mas às vezes me canso!

5 Km: Deixando de lado as questões pessoais e entrando no tema do momento, a Fórmula-1, qual a sua análise sobre a temporada 2008?

FG: A temporada 2008, desde o primeiro Grande Prêmio, deixou claro que se limitaria a uma competição entre Massa e Hamilton. Raikkonen não manteve a bom desempenho do ano passado e Robert Kubica deixou a desejar nas últimas corridas. O GP do Brasil é a melhor resposta para definir a disputa “Massa vs. Hamilton”: emoção até a última volta.

5 Km: Além de Lewis Hamilton e Felipe Massa, qual outro piloto se destacou no ano?


FG: Apesar de Kubica ter despontado nas primeiras corridas, destaque mesmo foi o jovem piloto alemão Sebastian Vettel. Guiando uma STR, que usufrui uma potência bem abaixo de Ferrari, McLaren, Renault e Willians, ele demonstrou que a habilidade pessoal conta muito, mesmo tendo apenas 21 anos. Por pouco não definiu, a favor de Massa, o título mundial. Será um grande piloto, podem escrever!

5 Km: O GP de Interlgados 2008 foi um dos mais emocionantes da história da categoria. Qual outro teve a mesma importância ou surpresa?

FG: Sem dúvida o GP do Brasil deste ano foi um dos mais emocionantes da história. Porém, marcante mesmo, na minha visão de jornalista, foi o GP de Suzuka, no Japão, em 1989, quando Prost e Senna duelaram volta a volta de forma incrível. Foi histórico!

5 Km: Felipe Massa aos poucos vem tentando ganhar status de “ídolo”. Perdeu o título de 2008, mas segue firme para a próxima temporada. O que falta para ele ganhar a importância que somente Senna, Piquet e Fittipaldi têm?

FG: O Felipe teve um belíssimo ano. Só não terminou a temporada com o pé-direto devido aos erros da Ferrari. Uma pena! Creio que em 2009 ele voltará a brigar com Hamilton pelo título. Será uma disputa e tanto, não dá pra arriscar quem será o vencedor. O que falta para ele se tornar um Senna e Piquet? Simples: títulos!

5 Km: Rubens Barrichello certamente não vai continuar na Honda em 2009. Qual será o futuro do piloto? Em sua trajetória ele foi injustiçado?

FG: Rubinho é um piloto de uma qualidade invejável. Somou algumas infelicidades na carreira e contou, principalmente, com o desprezo de grande parte da população brasileira. Não irá permanecer na Honda em 2009. Stock Car no futuro? Talvez! Injustiçado? Ter pilotado e tentando se destacar ao lado de Michael Schummacher não foi fácil!

5 Km: O Brasil vive uma boa safra de pilotos. Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas Di Grassi. Qual deles tem mais chances de triunfar na F-1?

FG: Felizmente vivemos hoje uma boa safra de pilotos. Nelsinho demonstrou nesse ano que tem muito a crescer ao lado de Alonso. Deve permanecer na Renault. Lucas Di Grassi e Bruno Senna são dois jovens com belo futuro também. Senna tem tudo para ganhar uma chance na Honda, no lugar de Rubinho. Di Grassi deve permanecer como piloto de testes da Renault. Em breve terá sua chance e vai provar sua qualidade!

5 Km: Qual sua expectativa para a próxima temporada da Fórmula-1?

FG: Creio que será mais um ano disputadíssimo. Como disse acima, o mundial deve se limitar a Hamilton e Massa novamente. Quem sabe uma surpresa ou outra. Se fosse pra arriscar, arriscaria na melhora da Renault de Alonso. Prefiro não arriscar um campeão, visto o final desta temporada, certo?

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Erro da Ferrari prejudica Felipe Massa

Cingapura foi a capital da velocidade neste domingo. Pela primeira vez, o país recebeu as escuderias mais velozes do mundo em seu território. Outro tabu quebrado ficou por conta do horário da competição. Pela primeira vez na história da formula 1, uma corrida foi realizada à noite. Fato que em geral agradou todos os envolvidos no Grand Prix.

Mas nem tudo ocorreu as mil maravilhas no circuito de rua em Cingapura. A má condição da pista gerou desconforto devido suas ondulações. O piloto brasileiro Nelsinho Piquet criticou o asfalto após sua batida.

Tudo ocorria bem para o piloto brasileiro, Felipe Massa. Ele liderava a competição até sua primeira parada nos boxes. Por um falha do mecânico italiano, Frederico Uguzzoni, que autorizou a saída antecipada de Massa, quando o carro ainda completava o reabastecimento, Felipe saiu em disparada para retornar a liderança mas a mangueira permanecera conectada no carro atrasando a saída do piloto que despencou da primeira posição para a décima terceira.

Isso abriu uma possibilidade para Fernando Alonso, que com uma ótima estratégia em parar apenas duas vezes nos boxes conseguiu assumir a liderança e pela primeira vez vencer o grande premio de Cingapura.